Quem sou eu

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Recife, PE, Brazil
Que ecos são esses que me aprisionam? Eu falo e sinto os sons do passado. São ecos meio dissones. Como se eu lembrasse apenas dos instantes: instante infinito. Uma amnésia particular que só eu e eu vamos lembrando aos poucos e esquecendo novamente. E aí eu canto dissonante e renasço a cada lembrança que vem de outrora e do futuro também: por isso sou caleidoscópico. Eu giro e giro. Mudo de cor. E Deus com seu diapasão dá o tom perfeito. Só que eu sou rebelde e insisto desafinado. Aí os ecos voltam novamente, por insistência minha, só para eu sentir Deus mais uma vez.
"...Uma poça contém um universo. Um instante de sonho contém uma alma inteira." Gaston Bachelard

Ouvindo Whitney

Essa música me toca de uma forma que não sei explicar. Estou sozinho pensando em você. Chegaste de um jeito tão insuspeitado em minha vida. Apenas um “Psiu” e tudo mudou. Isso foi em maio, mês das noivas. Não, não quero casar. A culpa é sua. Tinha que haver um culpado. E foi você... Não sei o que fazer. Penso em você a todo instante. Isso se torna infinito. Não, não quero mais isso. A culpa é sua. Parece que estou fazendo uma tradução de uma música romântica. Tão clichê isso. A gente tenta ser tão crítico tão seletivo, mas acaba sendo clichê e sempre estando num lugar-comum. A culpa é sua. Não, não é sua. É minha que insisto desafinado, mas você ajuda e muito. A culpa é nossa. Que culpa boa. E você me disse: “Onde você estava esse tempo todo?” Eu não acreditei no que ouvira. Chorei, chorei muito. Acho que me apaixonei. Marcamos um encontro ao cinema. Antes conversamos e li pra você o que havia escrito de você pra você: em nós. Aí você me contou algo que pra mim era novo. Não. Não estava pronto pra escutar aquilo. Fomos assistir ao filme. Que filme horroroso. Péssima escolha. Ficamos mudos. Você estava numa agressividade que eu não entendia, ou pelo menos tentava entender. O que fiz de errado? Acho que falei algo desagradável, mas não tenho como saber: você não fala. E ficou em silêncio profundo por dias, semanas e mês. E foi aos poucos falando. Eu estava num diálogo de surdos. A resposta vinha de mim mesmo. A culpa é sua. E não sei o que realmente queres de mim. Tudo poderia ser tão simples. Estou de braços abertos. Lembras da maçã preste a ser colhida? Ainda espero o seu acolhimento. Só não quero apodrecer. O tempo corre e eu continuo sendo o teu guri. A tradução de um trecho daquela música é assim: “Eu não tenho nada, nada, nada/ Se eu não tenho você”. A culpa é sua, na verdade é minha, que ainda insisto e insisto...

Dayvson Fabiano
Setembro/2011


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Bemóis e Sustenidos - Love Is A Losing Game

 
Aqui vai uma homenagem a uma das melhores cantoras da atualidade, que faleceu hoje (23/07/2011). Segue abaixo uma das músicas que eu mais escuto, principalmente pela voz de Amy e melodia da música.

Love is A Losing Game

Amy Winehouse

Composição: Amy Winehouse
For you I was a flame
Love is a losing game
Five story fire as you came
Love is a losing game
Why do I wish I never played
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game
Played out by the band
Love is a losing hand
More than I could stand
Love is a losing hand
Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand
Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned
Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

TRADUÇÃO

O Amor É Um Jogo de Azar
Pra você eu fui um caso
O amor é um jogo de azar
Cinco andares se incendiaram quando você me amou
O amor é um jogo de azar

Como eu queria nunca ter jogado
Oh, que estrago nós fizemos
E agora o lance final
O amor é um jogo de azar.

Desgastado pela banda
O amor é uma aposta perdida
Mais do que eu poderia aguentar
O amor é uma aposta perdida

Declarado... intenso
Até o encanto se quebrar
... e notar que você é um jogador
O amor é uma aposta perdida

Apesar de estar bastante cega
O amor é um resignado destino
Lembranças denigrem minha mente
O amor é um resignado destino

Acima de inutéis expectativas
ridicularizado pelos deuses
e agora o lance final
O amor é um jogo de azar





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Bemóis e Sustenidos - Presente Passado

Presente Passado

Isabella Taviani

Composição: Isabella Taviani
Ai essa saudade no meu peito
Esse vazio de você
Ai esse meu jeito meio feio
De não saber lhe perder
Você se foi sem dizer
Onde podia encontrar
Uma razão viver
Você podia me deixar
Mas o tempo passou e essa dor não cessou
Há descaminhos em meus passos
Uma sombra que abraço
Um presente passado
Uma vontade tamanha de não ter mais vontade
Não admiro os covardes mas agora é tarde
Ai o tempo frio que me esquenta
A boca seca que me tenta
Ai o véu da noite que alumia
É meia noite em meio dia
Você se foi sem deixar
A chance de se ver voltar
Uma razão pra esquecer
É o que ficou em seu lugar
Mas o tempo passou e essa dor não cessou
Há descaminhos em meus passos
Uma sombra que abraço
Um presente passado
Uma vontade tamanha de não ter mais vontade
Não admiro os covardes mas agora
Há descaminhos em meus passos
Uma sombra que abraço
Um presente passado
Uma vontade tamanha de não ter mais vontade
Não admiro os covardes mas agora...
É tarde


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FRAGMENTOS NA MADRUGADA

Ao som de “ Run to you”, na voz de Whitney Houston

: Psiu! Essa foi a mensagem que recebi, depois de ter passado o domingo todo no caos. Apenas ri ao ler. Quer dizer: fiquei encantado. Nunca um psiu fez tanta diferença em minha vida. Algumas horas depois, recebi outra mensagem: Psiu 2. Fiquei encantado 2 vezes. Logo em seguida o meu celular tocou:
- Oi, guri!
Nunca, nunca mesmo me chamaram assim. Meu nome? Não o tenho, pois podem me transformar em uma coisa que eu não quero. Dêem o nome que quiserem.  Até porque, agora me chamo “guri”. Alguém me intitulou assim. Foi você:
- Você me transformou num menino.
- Isso não é bom?
- Acho que sim.
- ideia de alegria e sorrisos e molecagem e pureza.
            Conversamos um pouco e perguntei:
- Quando enviarás o 3º psiu?
- Hoje após as 23:00h
Despedimo-nos e foi assim que desliguei o celular, na verdade foi você que assim o fez, eu continuei com o celular ao ouvido esperando um eco de sua voz. Será que você também quis escutar meus ecos? Não poderia deixar que você o fizesse, pois descobriria mais de mim.
...
...
            Fiquei esperando e nada.  Era mais ou menos meia noite. De repente chega uma mensagem no meu celular vindo de você: Cheguei em casa. Será que isso era o 3º psiu? O celular toca:
- Oi, guri.
            Ouvir isso me deixava encantado. Eu já falei isso antes, porém gosto de ser redundante. Ser chamado de guri por alguém 10 anos mais jovem que eu rejuvenescia minha alma.
- Você realmente tem uma voz boa para trabalhar com telefonia. Eu disse.
- Nada disso. Haja paciência com os clientes. (Pausa) Adoro escutar sua voz.
- Por quê?
- Não sei explicar.
- Eu te explico. Tenho o dom de tocar na alma.
- Falas coisas que me aproximam mais de ti
- Faça-me alguma pergunta?
- prefiro te ouvir.
- falo muito.
- Prefiro assim. A não ser que me perguntes.
- Não tenho perguntas.
- então fale.
- Tudo bem, eu perguntarei. O que está lendo nesse momento?
- “O outro lado da meia noite”, de Sidney Sheldon.
-  hum... eu...
- deixa te dizer algo.
- Pensei que você queria me ouvir. Tudo bem, diga.
- Quando eu for trabalhar sentarei e ficarei pensando em ti, guri. O meu trabalho fica num prédio em frente ao seu. E pensarei em nós dois. O que divide o meu prédio do teu é apenas um rio com águas verdes, talvez indicando esperança.
            Eu fiquei pensando no que ouvira. Como você me surpreende. Fiquei olhando sua foto e a sua boca. Beijei-a, só podia ser assim, pelo menos por enquanto. E você nesse momento estava realmente falando ao meu ouvido, pelo celular, mas estava. Isso é fato. Perguntei se podia ler algo que por acaso havia anotado dia desses, apesar de não acreditar que o acaso exista. Eu disse isso a você. As coisas simplesmente acontecem. Só que fiquei com vergonha de começar a ler. Acho que na verdade não era vergonha, e sim, plasticidade. Falo no sentido de ser ouvido e depois ser jogado fora. Queria era ler olhando pra você, assim tipo me vendo em seus olhos. Aí você falou que eu não ficasse com vergonha. E li o texto do escritor Caio Fernando que dizia assim: “...e de tudo
indo embora e fugindo e se perdendo — e o amor sem acontecer, quando estou
assim todo maduro, e limpo, e pronto, e luminoso como uma maçã no galho,
pronta para ser colhida. Ninguém estende a mão para a maçã, pouco antes de
começar o processo de apodrecimento.” Ficamos em silêncio. Quase que as lágrimas desciam de mim: não quero apodrecer! Você falou-me de profundidade. Aí pensei: alguém tocará em meus vazios? Não. Ninguém consegue. É muito obscuro e abissal. Você olhou-me nos olhos, pelo menos foi assim que imaginei com o celular ao ouvido e disse-me: fiquei feliz pela leitura. Foi aí que você falou que era hora de dormir:
-Você concorda?
- Tudo bem, vamos!
            Despedimo-nos, trocamos beijos e xaus. Desligamos-nos, pelo menos materialmente, pois espiritualmente continuávamos ligados... Ainda disse a você:
- Depois te colocarei um nome, já que me transformastes em algo que acreditavas ou acreditas que eu seja.
            Mandei uma mensagem ao teu celular: Por enquanto, agora, meus vazios são flores. Obrigado!
Você respondeu-me:
- Psiu... bons sonhos.
            E...
Dayvson Fabiano
Maio/2011


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QUAL O SENTIDO DA VIDA?

Hoje ao acordar pensei: qual o sentido da vida? O que nos espera? Era uma dor de cabeça que me acordava numa ânsia de. De viver? Não sei...Acordei olhando para o alto. Os telhados impediam-me de ver além. Levantei, fiz as coisas rotineiras da manhã e fui ao trabalho, só que ainda continuava me questionando. Não sei por que, mas às vezes sinto que meu coração irá parar de bater a qualquer momento. Acho que ele pára, pois em exatos segundos percebo que não sou mais eu que vivo, e sim, outro. Louco isso, não? Logo depois, ainda caminhando ao trabalho, parei e fiquei a esperar o ônibus. Comecei a ler um livro, sorteei uma página e justamente nessa página estava falando sobre “o sentido da vida”. Deu em mim um arrepio, porque parecia um aviso do além. Digo do além porque era um texto do grande escritor Caio Fernando Abreu, do livro “Morangos mofados”, é um texto pelo qual havia lido, mas não com essa riqueza de detalhes que ora instaurou-se em mim e aqui...(pausa). Precisei beber um pouco de. De água também. Fiquei sentindo a água percorrer por entre meu corpo, e o gosto era diferente. Essa água tinha gosto, dizem que a água é insípida. Aprendi isso nas aulas de ciências. Pura mentira! A minha além de gosto tinha cheiro. Acho que era cheiro de vida ou era de morte? Quando eu era criança pensava em ser médico para ajudar os outros, aí percebi que para ajudar não precisava ser médico, e sim humano. Os bichos também o são, até mais. De repente lembrei outra coisa a respeito do coração: acho que descobrir o que ele quer dizer sobre as paradas de vez em quando. Nesse momento (re)nasço...Vou ao céu numpiscardeolhos, que nem tempo tenho para separar as palavras. É tudomuitorápido. E logo em seguida vou ao inferno. Parei...Ah! Preciso parar agora. Quem é você? Isso mesmo, estou te percebendo... Não estou mais só, aliás, nunca estive. Compartilhamos algo em comum. Que sentido nos aproxima? Só agora percebo que 1+1 não é 2, é 1, 3, 4,... exceto 2. Preciso parar por aqui, por hoje já basta. Ai!...Meu coração parou novamente... Qual o sentido da vida?


Dayvson Fabiano


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Presente de uma amiga

Recebi este poema de uma amiga. Ela o fez pra mim. Transcrevo abaixo:


Em cada sonho percorro minha própria alma
solta, leve no tempo que encontro
No sereno som de meus acodes
No momento certo de minha arte
Revivo incertezas e mergulho em desalinho
buscando o afago de um ninho
E rabisco meu desejo em pergaminho
Sou o que sou
Me redescubro sempre pela metade.

Iracema Flexa


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Estação Outono ou Ruas de Outono

                               À amiga Ursula Carla

Me procuro em ti
Lentamente
Em caminhos cintilantes
Folhas caem e nos tocam
Nos vazios que agora são flores
Nas ruas das ruas de nós
Metamorfoseando com os ventos
Nossos escuros
Num dia de sol
Em que te colho o amor.

Dayvson Fabino


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ATRITO - POEMAS DESCOMPROMISSADOS

Lançamento do livro do meu amigo Jurandir Barbosa. O livro estará a venda a partir de 01 de Março.Adquira JÁ o seu exemplar OU faça a sua reserva.
lodir30@hotmail.com | 11 8530-7510
R$ 20,00 - Frete incluso


http://jurandirbarbosa.blogspot.com/2011/02/lancamento-01-de-marco.html


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AUTOBIOGRAFIA*

Para quê falar de mim?
É só pensar no carnaval.
Pensou?
Imagine uma promíscuidade...
Sou uma promíscuidade sonora
Gritante
Extasiante
Um caleidoscópio festivo
Embalado por sonhos
De amor
De dor
Unido por fios invisíveis
Uma marionete de Deus
ou do diabo?
Dubiedade
Sou isso,
Apenas!


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Bemóis e Sustenidos - QUATRO ESTAÇÕES

Essa música tem feito parte da minha trilha sonora esses dias. Eu coloco o fone de ouvido e a escuto na voz de Vânia Abreu.



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não. ninguém saberá o que aconteceu...

"não. ninguém saberá o que aconteceu

estou muito cansado.

apetece-me dormir até morrer."

 
          JOSÉ LUÍS PEIXOTO - escritor Português




É assim que me sinto às vezes. Na verdade quase sempre. Desejo a morte, pois quero (re)iniciar tudo. Como ao nascer. O problema é que o corpo pode ser outro, porém a alma é a mesma. E isso é que me atormenta. O que estou fazendo aqui? Ninguém sabe. Eu sei...quer dizer, acho que sei: Sou um mistério...

Dayvson Fabiano




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